A desenfreada destruição ambiental que acompanhamos nos dias atuais se deve a vários fatores, entre eles: crescimento populacional, empreendimentos diversos que promovem o desmatamento e a poluição em “prol” da modernidade e o tráfico de animais. Este último, para tentar focar em apenas uma temeridade, só é menos rentável que os tráficos de drogas e de armas.
O Brasil, tendo em vista sua enorme biodiversidade, é alvo constante e perene dessas atividades ilegais, que consistem em retirar animais de seus habitats com o intuito exclusivo de comercializá-los. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), 90% dos animais silvestres acabam morrendo logo após serem capturados. No Nordeste do país se encontram as principais áreas de captura, e, nos estados do Sudeste, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, vislumbramos os maiores polos compradores. Ainda segundo o IBAMA, a maior parte desse degradante comércio ocorre em território nacional.
É óbvio que há demanda, pois se a mesma não existisse, se fôssemos uma população educada e ambientalmente consciente, não teríamos micos, papagaios, araras, peixes ornamentais e outros sendo vendidos ilegalmente por aí. Há comércios a céu aberto, fato que já comentei no post “As eternas feiras ilegais”. Afinal, se temos compradores… Não é difícil perceber que a fiscalização é fraquíssima e a legislação, como de praxe, condescendente demais. E o sentimento generalizado de impunidade vai levando esse e diversos outros crimes a uma escalada que parece não ter mais fim.
Acima falei sobre educação. Isso é mais que necessário para coibir a verdadeira catástrofe ambiental existente no Brasil. Precisamos conhecer a nossa grandeza e também os nossos animais. Precisamos formar massa crítica não apenas para discutir a respeito da depredação à fauna em intermináveis, sonolentos e pouco resolutivos congressos, mas atuar de forma efetiva visando atingir o coração desse tráfico vil, encontrando formas mais eficazes de denunciar e cobrar resultados efetivos do Poder Público. Chega de ver estatísticas absurdas e imagens desumanas nos noticiários, ano após ano! É imperativo que nossas crianças, em suas carteiras escolares, conheçam nossa fauna e o prejuízo que o comércio ilegal proporciona, pois em breve muitas espécies entrarão em rota mortal de colisão com a extinção (se já não chegaram lá). Quem captura ou adquire esses animais deveria, em todos os segmentos da sociedade, passar por processo de discriminação total, ao melhor estilo “tolerância zero” – ou “caça às bruxas”, como queiram.
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Aproveitando a proximidade das festas de fim de ano, desejo a todos os meus leitores, colaboradores, amigos e familiares muita paz, saúde, e, se possível, muuuuito dinheiro no bolso. Um abraço fraterno!
Querido Amigo.
Feliz Natal para você e os seus. Muita paz, saúde e sucesso em 2014. Continue inspirado…
Sua home page é ótima.
Um grande abraço.
Regina Seibel