Turismo no Brasil: e não é que pode dar certo?

O título desta postagem é uma provocação, claro. Alguns perguntariam, logo de cara, se estou ficando louco. Nada disso, pessoal. Por aqui o turismo é forte, mas poderia ser muito, muito mais intenso e, sobretudo, ter maior organização e um olhar diferenciado voltado para os próprios brasileiros, que são responsáveis por cerca de 80% da nossa movimentação turística. Procurarei não falar apenas enquanto carioca da gema, mas com visão mais abrangente, já que o turismo é uma atividade que hoje movimenta, segundo informações oficiais, trinta bilhões de reais/ano, ou seja, temos nas mãos recursos impressionantes que podem, se incrementados, auxiliar ainda mais o país no rumo do desenvolvimento.

Não costumamos valorizar muito o que temos ao nosso redor, muitas das vezes porque já conhecemos as precariedades existentes, mas aqui no Rio há coisas interessantes e que vão além do circuito que eu chamaria de “estrangeiro”, que inclui, obviamente, as visitações ao Corcovado, Pão de Açúcar e praias (quando estão próprias ao banho). Quase tudo Zona Sul, pois lá é onde se investe pesado para isso. Para quem gosta de tranquilidade há o impressionante Jardim Botânico; pra quem gosta de folia o Carnaval é boa pedida; para quem curte o universo temos um estruturado Planetário; a Floresta da Tijuca é majestosa… e por aí vai. Descobriu-se filão importante desse mercado até nas comunidades do Rio de Janeiro. Tem muita coisa, mas entendo que estamos aquém do que merecemos e do que podemos oferecer a quem nos visita.

Tenho feito, nos últimos anos, passeios com minha família pelo Brasil. Ficamos impressionados positivamente com o que tivemos oportunidade de ver. Na maior cidade do Brasil visitamos o Aquário de São Paulo, o maior da América Latina. Nunca pensamos que num município como aquele, que não é litorâneo, pudesse haver um equipamento tão fabuloso, fruto do empreendedorismo da iniciativa privada.

Falando de empreendedorismo, temos outro belíssimo exemplo em Santa Catarina, no encantador Beto Carrero World. Impres-sionante a visão que teve o saudoso João Batista Sérgio Murad, mais conhecido pelo seu nome artístico, que criou aquela mini-Disneylândia, o maior parque temático da América Latina. Adoramos nossa passagem por lá.

Ainda no Sul do país, impossível não citar as colossais Cataratas do Iguaçu, no Paraná, e as bucólicas Serras Gaúchas, no Rio Grande do Sul. Nessas últimas, há incontáveis atrações que agradam a todos os gostos, sem falar da fascinante beleza natural do lugar, mas destaco aqui um parque estupendo, na cidade de Canela/RS, chamado Terra Mágica Florybal. A presença de um gigante ladeado por dinossauros enormes, logo na entrada, já nos dá uma bela percepção da grandiosidade e da magia lá existentes.

Valorizemos o nosso Nordeste, por que não? Estive em algumas cidades nordestinas a trabalho, mas a turismo mesmo passei felizes e inesquecíveis momentos em Natal/RN e arredores. As praias e os passeios são magníficos. Nossos guias turísticos potiguares eram, sem exceção, 100%. Recomendo um mergulho nos Parrachos de Maracajaú e uma visita a Barra de Punaú.

Nosso Brasil é lindo. Já seria uma potência turística se levássemos em consideração apenas a Natureza privilegiada que possui, mas felizmente há investimentos e gente à beça trabalhando sério nisso. Mais recursos devem ser aplicados de forma sistemática e corajosa no turismo brasileiro e, concomitantemente, não devemos nos esquecer de que a preservação das nossas fauna e flora contribui decididamente para que o setor cresça, apareça e dê lucros astronômicos.

Sobre Mauro Blanco

Sou carioca da gema, morador da Zona Oeste, tricolor, bacharel e mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e servidor concursado da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Já atuei como Oficial Temporário no Exército Brasileiro, na Companhia Municipal de Limpeza Urbana (como Subgerente na Gerência de Vetores), na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (como Coordenador de Controle de Vetores, Coordenador de Vigilância Ambiental em Saúde e Diretor do Centro de Vigilância e Fiscalização Sanitária em Zoonoses Paulo Dacorso Filho), e na Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais, instância pertencente à Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, como Subsecretário.
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