Sem rua, haja falcatrua!

Como já disse um dia o brilhante Pedro Simon, ex-Senador da República pelo estado do Rio Grande do Sul: “Não esperem nada do Congresso. Só tem mudança com o povo na rua. Foi assim nas grandes questões”.

Participamos hoje, eu e meu filho primogênito, novamente, de mais uma manifestação na orla de Copacabana. Não estava muito movimentada, como em outras nas quais estivemos, mas, afinal de contas, tratava-se de um feriadão! Enquanto muitos viajam, gastando suados recursos próprios, boa parte dos políticos segue aprontando todas, esbanjando capital que, muitas das vezes, nem a eles pertence… Infelizmente vivemos assim, na realidade 3D: desmobilizados, desinformados e desmotivados. Espero francamente que um dia isso mude.

Bom, como das outras vezes, viemos por livre e espontânea vontade. Não fomos transportados em ônibus fretado por sindicatos pelegos, não ganhamos mensalão nem mensalinho, não nos foi dado lanche e nem camisetas ou bonés. Da mesma forma, não queimamos transportes públicos e nem pneus, não depredamos patrimônio de quem quer que seja, e não impedimos o direito das pessoas de ir e vir. Atenção, porque há figuras por aí, notadamente de organizações criminosas travestidas de partidos políticos, que defendem a democracia somente da boca para fora. Hipócritas que ainda conseguem enganar muitos e ganhar, com isso, seus votos. Gritam por liberdade, mas no fundo querem a instauração de uma nova ditadura por aqui, só que dessa vez do proletariado. Grandes diferenças, não? Argh!!!

Dentre as reivindicações da pauta de hoje estavam o impeachment de pelo menos dois magistrados do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, e a pressão pela aprovação das Propostas de Emenda à Constituição (PECs), tramitando no Senado Federal e na Câmara dos Deputados, que versam sobre a aprovação da prisão após condenação em segunda instância judicial. Por mim seria na primeira, enfim…

Há no site do movimento Vem Pra Rua uma relação com os políticos em Brasília, mostrando o posicionamento de cada um deles em relação às votações das PECs. Podemos ver quem é descaradamente favorável à impunidade e quem se mostra contrário. Também podemos saber quem ainda está, nessas alturas do campeonato, indeciso. Clique aqui para acessar o link mostrando o que pensam os parlamentares do Rio de Janeiro. Pra cima deles!

Sabemos que criminosos de todos os naipes, principalmente os corruptos, de colarinho branco, estão sendo soltos um a um após a mais recente decisão do Supremo. Claro que os bandidos que possuem recursos para bancar milionários escritórios de advocacia, normalmente advindos do que roubaram dos cofres públicos, do seu e do meu imposto, serão tremendamente beneficiados daqui para frente. Quem não tem grana será preso muito mais rapidamente. É simples, sem mistério. Taí a dita “Constituição Cidadã”, permanecendo a olhar com extrema complacência os poderosos em detrimento das pessoas comuns.

Estamos fazendo a nossa parte, como naquela fábula onde o beija-flor voa rápido para tentar apagar o incêndio na floresta. O Brasil precisa de nós, de preferência nas ruas.

Sobre Mauro Blanco

Sou carioca da gema, morador da Zona Oeste, tricolor, bacharel e mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e servidor concursado da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Já atuei como Oficial Temporário no Exército Brasileiro, na Companhia Municipal de Limpeza Urbana (como Subgerente na Gerência de Vetores), na Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (como Coordenador de Controle de Vetores, Coordenador de Vigilância Ambiental em Saúde e Diretor do Centro de Vigilância e Fiscalização Sanitária em Zoonoses Paulo Dacorso Filho), e na Secretaria Especial de Promoção e Defesa dos Animais, instância pertencente à Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, como Subsecretário.
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