Se usasse óculos e toga, certamente o camarada que está ao meu lado na imagem ficaria ainda mais parecido com o ministro Joaquim Barbosa, atual vice-presidente do Supremo Tribunal Federal.
Pois bem, o nome também começa com “J”. Trata-se do Jorge, recepcionista de uma grande rede de laboratórios de análises clínicas aqui no bairro de Campo Grande. Ser recebido pelo Jorge, mesmo antes de sofrer aquela agulhada de costume, é sempre um prazer. Simpatia, educação e zelo são características inatas daquele competente profissional. Eu já o conhecia de outras ocasiões, mas com a exposição acentuada do magistrado, ainda mais em tempos de “mensalão”, fica difícil não notar a semelhança entre os dois.
Ambos, Jorge e Joaquim, são brasileiros que se destacam pelas atitudes que demonstram. Um no acolhimento ao cidadão que procura respostas sobre sua saúde, e, o outro, analisando milhares de folhas com longos depoimentos e provas à procura de indícios – ou de materialidades – que possam inferir se cidadãos serão condenados ou absolvidos segundo o que prescreve a nossa legislação. São trabalhos dignos, cujo cuidado é fundamental.
Cuidado, essa é a palavra. O momento pelo qual a Nação atravessa é delicado. A magnitude do escândalo em voga muito provável não tenha precedentes em nossa história. O escancaramento da corrupção passou de todos os limites e não importa aqui se os réus têm vinculações com os partidos políticos A, B, C… Z. Importante, realmente, é que as pessoas e/ou instituições que agiram ao arrepio da Lei sejam claramente identificadas e exemplarmente punidas. Que essa prática aconteça com cada vez mais frequência, e que haja mecanismos eficientes para que os espoliadores, neste caso do erário público, possam passar vários anos atrás das grades e, notadamente, devolver o que roubaram às áreas da educação, saúde, infra-estrutura, defesa, cultura, meio-ambiente, etc.
As esperanças estão renovadas. O Brasil só poderá caminhar com firmeza para o futuro quando os parasitas que povoam o Poder, em todas as suas esferas e níveis, forem rechaçados.
Ainda há brasileiros que acreditam no que fazem e fazem a diferença no que acreditam.
Salve Jorge! Salve Joaquim!
Ambos são orgulho para a nação e para nós NEGROS!
PARABÉNS!
Concordo em gênero, número e grau.
Infelizmente vivemos em um país preconceituoso. Esse preconceito que é mascarado por uma mídia tendenciosa, que “valoriza” os negros somente nos mesmos aspectos: samba, pagode, personagens idênticos em novelas e futebol. Até o rei do futebol sofre preconceito, ou melhor, não é valorizado. Como o mensalão vem tendo destaque na imprensa, seria o momento ideal para a mudança de paradigma. Com condições iguais no aprendizado teríamos em breve uma sociedade totalmente diferente da atual. Isso seria o ideal? Logicamente que não, afirmariam muitos. Mas seria o começo. Resta saber se há interesse. Logicamente que não, afirmariam outros. Independentemente de condições iguais ou não, o momento é ideal para estimular uma parte tão sofrida de nossa imensa população. Henry Ford enfatizou esse poder de conquista/derrota brilhantemente:
“Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo”
Henry Ford.
Excelente colocação, caro André. No meu post “Monteiro Lobato e o racismo” abordei o que acho das cotas raciais e da necessidade do Brasil investir pesadamente numa educação de qualidade… para todos! Tive muitos amigos negros ao longo de minha vida. Lembro-me do primeiro deles, chamado Lecínio, que frequentava comigo as aulas da rede pública de ensino, lá pelos idos dos anos 70 do século passado. Por feliz coincidência, encontrei aquele camarada recentemente, no Facebook. Outro negro que muito me orgulha citar, que foi meu subordinado e, hoje, trata-se de um grande amigo, chama-se Gelson. Enfrentou comigo grandes “batalhas” e mostrou seu valor como profissional e como homem honrado. Gelson também está me acompanhando (e vice-versa) pelo Facebook.