No próximo domingo, 03/03/2013, completará 60 anos de idade o cidadão carioca Arthur Antunes Coimbra, o mundialmente conhecido Zico. Oriundo de família humilde, ele nasceu no bairro de Quintino Bocaiúva, na Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro. O “Galinho de Quintino” é, inegavelmente, um ídolo dentro e fora dos campos de futebol. Trata-se de um homem que, através de sua destreza nos gramados da vida, trouxe muitas alegrias a milhões de brasileiros. É motivo de orgulho, para qualquer um de nós, ser compatriota de um batalhador honesto como o Zico.
Ser ídolo deveria trazer uma grande responsabilidade. Normalmente, a pessoa que se destaca no que faz, seja no esporte, política, artes e em tantas outras coisas passa a ser uma figura pública, uma celebridade. Dependendo do que faça (ou não faça!) lá vai parar sua imagem e sua história nos tablóides de fofocas, nas primeiras páginas dos jornais, nos comentários da televisão e do rádio.
O ídolo passa a ter seus passos seguidos. Todos os olhares são cativados, os sorrisos conquistados, o assédio seguramente garantido. O que veste, come, fala, os locais que frequenta, com quem se relaciona… tudo é observado e, não raro, copiado (guardadas as devidas proporções financeiras, claro).
Bom, o problema é que nossos ídolos, muitas das vezes, se destacam pelo mau exemplo que prestam à sociedade. Casos não faltam e não vou aqui listar nomes. Só no futebol há uma penca deles. Alguns envolvidos em escândalos diversos e crimes ou estão presos, ou exercendo mandato nas diversas Casas Legislativas espalhadas Brasil afora.
Recentemente houve alguma polêmica com uma filmagem amadora, feita por amigo de um jogador famoso de futebol. Ela foi parar na internet. Na filmagem, o jogador, em seu carrão, estaciona no meio de uma avenida para conversar com uma suposta fã, que está ao lado numa motocicleta. Há até troca de um beijo carinhoso, tudo devidamente documentado pelo “Amigo da Onça”. No meio da filmagem, esse mesmo amigo pergunta: Tem que pagar? O ídolo faz que sim com a cabeça.
É, “pegador”… Quer fazer, faz escondido! Muita gente está prestando atenção nos seus passos e, convenhamos, esse tipo de cena ficaria bem menos ridícula se enfocasse um grupo de adolescentes bobalhões. A situação é, comparada a outras tantas que vemos por aí, até pueril, mas já serve como sinal de alerta para que as responsabilidades sejam revistas. Com ou sem uniforme.