Fico verdadeiramente feliz quando vejo uma pessoa desempenhar seu labor com sabedoria, dedicação e, sobretudo, amor independentemente da religião que professa, das tendências políticas, da filosofia de vida, etc. É o caso de Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, o Papa Francisco. Ele é o 266º pontífice da Igreja Católica, o 1º Papa Jesuíta da história e o 1º não europeu em mais de 1200 anos. O argentino está causando uma revolução, pelo que se viu logo no início de seu pontificado e, também, pelas manifestações de carinho e fé que os peregrinos daqui e de inúmeras nações têm demonstrado nas ruas da Cidade do Rio de Janeiro nesta XXVIII Jornada Mundial da Juventude.
Bergoglio começou com o pé direito no Vaticano ao adotar o nome Francisco, numa alusão a Francisco de Assis, que, abdicando das riquezas de sua família, dedicou, no século XIII, sua vida aos pobres e atuou em defesa dos animais e da Natureza, pregando a simplicidade e a espiritualidade.
Colocou firmemente o dedo nas feridas abertas da Igreja Católica, que padecia há algum tempo com escândalos de corrupção, principalmente no Banco do Vaticano, e com crimes relacionados à pedofilia. Tem feito, corajosamente, uma faxina geral na reacionária Cúria Romana, e reformulou o Código Penal do Vaticano de forma a aplicar penas mais severas para os desgraçados que praticarem crimes de prostituição, abuso sexual e tráfico de crianças. Já não era sem tempo. Cadeia neles!
Após essa “sacudida” interna, o Papa inicia uma empreitada épica no sentido de retirar a religião que representa do marasmo. A movimentação nesse sentido deve ser grande, já que o catolicismo vem perdendo adeptos no mundo todo. No Brasil do século XIX, por exemplo, os católicos representavam 99,7% da população. Hoje, a percentagem é de 68,4%, a menor de todos os tempos. Segundo estudiosos em religião, um dos motivos desse afastamento dos fiéis é justamente a falta de líderes inspiradores. O Papa, em sua passagem pelo nosso país, deve estar dando um belo “puxão de orelhas” no pessoal daqui. Fora os padres cantores, o que restou?
Quando a pessoa, seja em que situação for, demonstra respeito ao próximo e dá o melhor exemplo possível, o que se observa nas falas e atitudes do Papa Francisco, isso por si só gera sinergia instantânea capaz de arrastar multidões. É o que estamos presenciando por aqui. A carência de exemplos positivos no Brasil fez a vinda desse simpático e inteligente religioso se tornar ainda mais expressiva. A sociedade, cansada de iniquidades e sem referências dignas, precisa seguir alguém, precisa de um norte.
¡Bienvenido, Francisco! ¡Fuerza y fe!
Meu irmão e amigo Mauro Blanco.
Francisco é, antes de tudo, um Jesuíta, sendo assim um mestre da literatura e do conhecimento. A elite intelectual da Igreja é formada por essa corrente, ou escola, ou outro nome clérico e mais apropriado.
Não obstante isso, ele, também, é um Presbítero, ou seja, Cardeal com capacidade de ser diocesano no Vaticano. Amigo, Francisco é um Ministro muito bem preparado para o Papado e para a condução da Igreja.
Forte abraço
JL
Quem esteve na Quinta da Boa Vista, na JMJ, teve o prazer de perceber que a Igreja Católica não se resume ao Papa e aos padres de Igrejas. Existem milhares de religiosos, homens e mulheres, desenvolvendo um serviço de doação ao próximo, através de inúmeros serviços sociais, sem se preocupar se são reconhecidos ou não, discriminados ou não, perseguidos ou não. A preocupação é simplesmente servir ao próximo, tendo a certeza de que essa doação é um chamado de Deus. Estão espalhados por quase todos os lugares do mundo, na maioria das vezes, distantes de seus familiares. Somente aqueles que possuem uma visão religiosa podem perceber que realmente trata-se de um desejo divino.
Ótima iniciativa meu amigo !!
São de seres Humanos como você que estamos carentes !
Um grande abraço
Olá Mauro, quem vos fala (digo, escreve) é um velho colega do colégio Metropolitano a quem você (junto com o Luiz Alfredo) ensinou a apreciar a revista Mad. Durante a adolescência, discípulo de vocês, eu virei um “Madmaníaco”…rs
Muitos anos depois, já tendo passado por outras idolatrias próprias da juventude, encontrei resposta para todos os anseios da alma na pessoa de Jesus Cristo, vivo, compassivo e infinito.
Amo a Igreja Católica e a ela sirvo com grande alegria por saber que ela é a esposa (teologicamente falando) dAquele que tudo fez e, como se fosse pouco, veio morrer em meu lugar. Nunca poderia imaginar que ainda viveria para ver um papa ainda mais apaixonante que João Paulo II. Mas é exatamente o que está acontecendo. Deus está abrindo as comportas do Céu como talvez nunca tenha feito antes, para que o maior número de seus filhos possa a Ele se voltar enquanto há tempo.
Um grande abraço!
Paulo Henrique Oliveira
O Papa Francisco tem feito um bom trabalho como líder da Igreja Católica Apostólica Romana, e sua coragem em enfrentar temas espinhosos como a pedofilia praticada por padres gays em meninos coroinhas e ajudantes de culto, a corrupção entranhada dentro do Banco do Vaticano e uma certa distância da cúpula da hierarquia com os fiéis é de notável admiração. Este Papa é midiaticamente falando ideal para os novos tempos da Igreja Católica, a qual amo e sou membro praticante e comungante. Espero que ele depois da formidável JMJ que aconteceu no Rio de Janeiro continue com seu exemplo de humildade, tolerância e pastoreio próximo do povo católico.