Não que isso seja novidade, pois já vi cenas até piores em diversas ocasiões, mas hoje eu estava no interior de um ônibus, aqui no bairro de Campo Grande, e ao meu lado viajavam pai e filho, sentados um ao lado do outro. Reparei a ligação familiar numa das falas do garoto, que devia ter uns 12 ou 13 anos. Ele levava uma pipa e aparentava estar muito feliz com aquele brinquedo.
Num determinado momento, próximo ao West Shopping, levanta-se o pai e toca a sineta do ônibus. Como o menino demorou a se levantar, meio atrapalhado para não rasgar a pipa, talvez sua melhor “companheira” na atualidade, bradou o pai sem o menor escrúpulo, para quem quisesse ouvir: “Tu é mole pra c…”. Não vou transcrever o termo chulo, pois não quero agredir, também, a você que está lendo o meu texto.
Na verdade, senti-me, além de solapado por aquela atitude do adulto imbecilóide, parente muito, muito próximo do Australopithecus africanus, envergonhado pelo vexame no qual o garoto foi covardemente submetido. Os passageiros se entreolharam e esboçaram um misto de incredulidade e compaixão. Pobre garoto.
Fico imaginando como aquele futuro cidadão se comportará, como tratará seus filhos e, sobretudo, seus pais. Tomando por exemplo o que está sendo-lhe apresentado hoje, penso que poderá entender ser natural interagir dessa forma com quem quer que seja. Dureza, não? Quão frágil, neste nosso século XXI, é o que deveria ser um dos maiores e mais poderosos pilares da humanidade: a Família.
FICO INDIGNADA COM ATITUDE DE CERTAS PESSOAS…
MAS COMO NEM TODA ROSA TEM ESPINHOS , VOU TORCER PARA QUE ESSE GAROTO NÃO SIGA O MAL EXEMPLO DO PAI ,E QUE MAIS TARDE ELE COMPREENDA QUE ASSIM COMO O SENHOR QUE A REAÇÃO DO PAI FOI PIOR QUE A DELE QUE ESTAVA PROTEJENDO UM BRINQUEDO .
O PAI NÃO TEVE A MESMA REAÇÃO COM O PRÓPRIO FILHO.
Vim ao mundo em 1945 e atualmente resido no Flamengo, na mesma rua onde nasci. R. Marquês de Abrantes. Morei no Meier na Magalhães Couto de 1950 a 1970, vi a 24 de Maio com mão dupla e fiz o primário no Metropolitano. O Imperator? Lá estava eu na inauguração, semanas e semanas assistindo “Festival Walt Disney”. Ali dentro, os espelhos são de cristal, e as paredes de mármore de Carrara. Alguns anos atrás, fui ao Meier a serviço e ao passar pelo cinema, fiquei decepcionado. Uma sala de espetáculos (a maior da América do Sul) transformada em camelódromo! doeu…mas, apesar disso, notei lá no fundo, uma gigantesca grade protegendo o patrimônio que hoje leva o nome de João Nogueira, o qual eu conheci pessoalmente, na década de 60.
A respeito do que aconteceu entre pai e filho no ônibus, eu só lamento dizer, que na maioria das vezes, nós só damos valor ao que temos, quando o perdemos. Tomara que esse garoto tenha muitos anos de vida e lembre daquele episódio com espírito de perdão, afinal apesar da estupidez, era seu pai. Realmente é lamentável assistirmos as consequências de uma péssima “educação”. Não tomar nenhuma atitude no momento pode ser o recomendável mas, o simples ato de reprovação ao acenarmos negativamente com a cabeça, trará algum resultado e o sujeito vai se lembrar disso na próxima vez…valeu?
Um abraço, Mauro.
Caro Luiz, obrigado pelo seu comentário. Aproveitei e fui dar uma olhada em seu Blog e vi que tens um trabalho fantástico. Já divulguei-o no Facebook e deixo aqui a dica para os meus leitores: “http://granit77.blogspot.com.br/”. A propósito, quantas saudades tenho do Méier, onde passei 29 anos de minha vida.
Prezado Mauro, há pouco tempo atrás eu passei pelo Meier e resolvi adentrar o Imperator. Qual não foi minha surpresa ao notar que os espelhos de cristal que adornavam a sala de espera foram retirados, assim como os mármores Carrara que revestiam as paredes na mesma sala. Aquilo fazia parte da história e era uma boa referência ao local. Entretanto o mesmo continua bonito. Aproveito a oportunidade para agradecer o elogio e divulgação do blog, o qual não mais existe, por conta de um incidente na troca de nome. Enfim, valeu. Um abraço e Feliz 2021.
O Imperator resiste!!! Como diriam os Titãs, o pulso ainda pulsa… Feliz 2021, com muita saúde, caro Luiz Fernando.